Agentes sociais, escalas e produção do espaço: elementos para uma discussão
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Resumo
Discutimos, mais uma vez, o conceito de escala em Geografia, aqui com ênfase na sua relação com os agentes sociais e a produção do espaço. No primeiro item retomamos diversas acepções da nocão de escala e desenvolvemos, particularmente, as escalas espacial e conceitual. A escala espacial constitui um traço fundamental da ação humana e está relacionada com as práticas que se realizam em âmbitos espaciais mais ou menos amplos, porém não dissociados entre si. A escala conceitual é considerada na sua dupla perspectiva: a rede urbana e o espaço intraurbano. Embora interdependentes, ambas as perspectivas reportam a fenômenos, processos e representações cartográficas diferentes. No segundo item discutimos algumas relações entre agentes sociais, suas práticas, sua escalaridade e a produção do espaço, reconhecendo que esses agentes estão inseridos na temporalidade e espacialidade de cada formação socioespacial capitalista e que o Estado desempenha múltiplos papéis em relação à produção do espaço. Inúmeros agentes sociais operam em ambas as escalas conceituais, isto é, a partir da cidade ou de uma parcela de esta até a rede urbana, o país ou o espaço global, como no caso das grandes corporações. Por fim, sugerimos duas propostas gerais para pesquisa sobre essas relações: por um lado, o estudo de uma determinada área, cuja produção resulta das ações de diversos agentes sociais em justaposição, complementaridade e antagonismo e, por outro, o estudo da ação de um agente social na sua espacialidade multi-escalar.
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